Fita de cinema - Van Gogh
Minha nossa, que até eu estou surpresa com a minha ousadia neste post!! Sim, vamos falar de cinema! Sim, vamos falar de um filme aclamadíssimo!! Sim, vamos falar de um filme indicado ao Oscar!! Tá vendo? Tô ousada haha
Mas vamos lá: no último post Fita de cinema (clique aqui para rever) eu comentei sobre uma animação feita em Stop Motion e, pesquisando por filmes que foram indicados ao Oscar neste ano, me deparo com uma daquelas obras primas que você simplesmente não consegue ignorar e muito menos deixar de adicionar à sua lista dos melhores filmes da sua vida.
E se for parar e detalhar aqui cada ponto (trilha sonora, roteiro, direção de arte... etc) eu não vou conseguir nem chegar ao principal, que é o nome do filme... Então vamos primeiro aos primeiros pontos!! 🎥
É claro que vou aproveitar e dar uma pincelada geral (perdoe o trocadilho haha 😅) nos dados técnicos que fizeram com que o filme pudesse rodar nas salas de cinema ao redor do mundo: foram mais de 100 artistas recrutados para fazerem as pinturas à óleo (pode parecer um número meio absurdo, mas também se cada quadro é um frame, façamos as contas: são necessários 12 quadros para gerar apenas 1 segundo, o que resulta no número louco de 720 quadros para termos 1 minuto de movimento!!), cada quadro foi milimetricamente pensado com base em fotos e vídeos de atores reais contracenando este roteiro maluco que dá vida à paisagens e personagens que o próprio artista retratou em suas obras. Ah, e claro, este é o primeiro filme feito neste método!
Para você ter uma noção real do que eu tentei exemplificar no parágrafo anterior, dá uma olhada na foto abaixo: no canto esquerdo temos a simulação da cena feita por um ator com base numa das obras criadas pelo próprio Van Gogh (esta situada ao centro), e no canto direito temos o resultado final deste trabalho árduo desenvolvido para a longa metragem.
Ok, acho que já deu pra te situar relativamente bem sobre tudo o que Com amor, Van Gogh é, então deixa eu aproveitar e comentar brevemente a sinopse deste ousado roteiro, segundo Adoro Cinema:
"1891. Um ano após o suicídio de Vincent Van Gogh, Armand Roulin (Douglas Booth) encontra uma carta por ele enviada ao irmão Theo, que jamais chegou ao seu destino. Após conversar com o pai, carteiro que era amigo pessoal de Van Gogh, Armand é incentivado a entregar ele mesmo a correspondência. Desta forma, ele parte para a cidade francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato com a família do pintor falecido. Lá, inicia uma investigação junto às pessoas que conheceram Van Gogh, no intuito de decifrar se ele realmente se matou."
Agora eu preciso detalhar os motivos pelos quais esse filme me tocou profundamente e como é que ele se tornou um dos meus prediletos sem nenhuma dúvida:
Enfim, essa é a dica de hoje para você curtir um cinema inovador sobre um artista inovador. E não se esqueça da pipoca com guaraná 😉
Mas vamos lá: no último post Fita de cinema (clique aqui para rever) eu comentei sobre uma animação feita em Stop Motion e, pesquisando por filmes que foram indicados ao Oscar neste ano, me deparo com uma daquelas obras primas que você simplesmente não consegue ignorar e muito menos deixar de adicionar à sua lista dos melhores filmes da sua vida.
E se for parar e detalhar aqui cada ponto (trilha sonora, roteiro, direção de arte... etc) eu não vou conseguir nem chegar ao principal, que é o nome do filme... Então vamos primeiro aos primeiros pontos!! 🎥
E para quem já reconheceu logo de cara, sim: vou falar sobre Com amor, Van Gogh!!!
Primeiro de tudo, vamos relembrar quem foi esse cara que é tão importante e ao mesmo tempo misterioso que mereceu um filme a seu respeito?
Numa pesquisa rápida temos aquelas informações básicas: nasceu ao sul dos Países Baixos em 30 de março de 1853 (era do signo de áries: eis aqui uma curiosidade que não estava no Wikipédia e companhia), viveu o início de sua vida tentando encontrar-se em algum trabalho que conseguisse executar bem (passou de vendedor de arte à missionário protestante) até encontrar-se na pintura à óleo em 1881 e no estilo expressionista (que é a forma sobre a qual o(a) artista entende o mundo sob o prisma de seus sentimentos; expressa-se não de acordo com o estímulo externo, mas sim de acordo com o que entende a cerca deste estímulo). Sua carreira artística foi inteiramente apoiada financeiramente por seu irmão, o que o possibilitou criar um impressionante número de 860 pinturas à óleo (isso, confesso, estava no Wikipédia mesmo). Também ficou muito conhecido por conta de seus distúrbios mentais: chegou a ser considerado louco por conta de suas alucinações e surtos psicóticos. Costumava beber muito, tinha um quadro de depressão profunda e aos 37 anos suicidou-se.
De fato, a vida desse rapaz já é digna de um roteiro surpreendente. Mas o que realmente torna este filme maravilhoso pode se resumir, na minha humilde opinião, em dois grandes pontos:
- O filme se passa um ano após a sua morte e, por meio do personagem principal, investigamos um pouco do que aconteceu na vida de Van Gogh para que chegasse até o ponto de matar-se;
- Sua produção é simplesmente incrível: é um stop motion onde cada frame é um quadro à óleo pintado como se mergulhássemos nas obras do próprio Van Gogh.
Então, é claro, que não podemos deixar de assistir ao sensacional Making Of antes de fazermos qualquer comentário:
É claro que vou aproveitar e dar uma pincelada geral (perdoe o trocadilho haha 😅) nos dados técnicos que fizeram com que o filme pudesse rodar nas salas de cinema ao redor do mundo: foram mais de 100 artistas recrutados para fazerem as pinturas à óleo (pode parecer um número meio absurdo, mas também se cada quadro é um frame, façamos as contas: são necessários 12 quadros para gerar apenas 1 segundo, o que resulta no número louco de 720 quadros para termos 1 minuto de movimento!!), cada quadro foi milimetricamente pensado com base em fotos e vídeos de atores reais contracenando este roteiro maluco que dá vida à paisagens e personagens que o próprio artista retratou em suas obras. Ah, e claro, este é o primeiro filme feito neste método!
Para você ter uma noção real do que eu tentei exemplificar no parágrafo anterior, dá uma olhada na foto abaixo: no canto esquerdo temos a simulação da cena feita por um ator com base numa das obras criadas pelo próprio Van Gogh (esta situada ao centro), e no canto direito temos o resultado final deste trabalho árduo desenvolvido para a longa metragem.
"1891. Um ano após o suicídio de Vincent Van Gogh, Armand Roulin (Douglas Booth) encontra uma carta por ele enviada ao irmão Theo, que jamais chegou ao seu destino. Após conversar com o pai, carteiro que era amigo pessoal de Van Gogh, Armand é incentivado a entregar ele mesmo a correspondência. Desta forma, ele parte para a cidade francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato com a família do pintor falecido. Lá, inicia uma investigação junto às pessoas que conheceram Van Gogh, no intuito de decifrar se ele realmente se matou."
Agora eu preciso detalhar os motivos pelos quais esse filme me tocou profundamente e como é que ele se tornou um dos meus prediletos sem nenhuma dúvida:
- A riqueza do roteiro começa no método de produção. Parece contraditório, mas acompanha o raciocínio: tem forma mais profunda de entender um artista do que pela sua arte? Pois é isso que acontece, literalmente: as primeiras cenas já causam aquele arrepio de surpresa por ver tintas ganhando vida e fluindo de acordo com aquilo que o Van Gogh entendia do mundo, o que é completamente mágico! Confesso que cheguei a sentir o cheiro da tinta enquanto assistia ao filme. E ver os personagens como ele via, andando ao nosso redor como, talvez, tivessem andado quando estavam com o próprio pintor... enfim, é uma emoção e tanto poder fazer parte disso de alguma forma;
- A forma como vai rolando o interrogatório com cada um dos personagens, a forma como vamos nos inserindo naquele vilarejo (em sua rotina, crenças e paisagens) e de alguma forma entendendo como o artista viveu e o que enfrentava em seus últimos dias (não apenas na relação que tinha com os moradores locais, mas também com o que tinha que lidar consigo mesmo). Aliás, últimos dias que foram extremamente dolorosos, em especial após sua tentativa de suicídio (foram dois dias de muita dor com a bala alojada em seu corpo até que, enfim, encontrasse algum alívio em sua morte de fato);
- A mensagem final e geral que o filme nos passa ultrapassa as telas (não apenas de cinema ou as de Van Gogh) e nos atinge nos dias de hoje: que importa querermos entender os motivos pelos quais este gênio morreu? Que importa querermos fazer algo por aquele que já se foi se nada fizemos enquanto ainda vivia para que sua vida fosse melhor, para que fosse reconhecido e pudesse ter em vida a salva de palmas que só recebeu quando terminou com sua própria existência?
- A trilha sonora do filme é de um toque sensível incrível: em uma das músicas temos uma letra comovente contando sobre nosso querido Van Gogh. Bom, neste caso acho que o melhor mesmo é ouvir, ao menos, duas das faixas mais belas:
Bom, acho que depois de um texto tão gigante quanto este, só faltou mesmo colocar o trailer para terminar de te convencer sobre o quão divinamente necessário é este filme na sua vida:
Enfim, essa é a dica de hoje para você curtir um cinema inovador sobre um artista inovador. E não se esqueça da pipoca com guaraná 😉
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