Fita de cinema - O Fantástico Senhor Raposo
Bom dia galeraaaa!! Já espreguiçaram-se? Já se prepararam para o dia lotado de coisas para colocar em prática? E já pensou no que vai fazer quando voltar para o modo descanso?
Então se você está pensando em ver algum filme e está com preguiça de pesquisar e ver quais são bacanas para você curtir com muita pipoca, vou te dar uma dica de um dos meus filmes favoritos... E adivinha só? Pra variar é uma animação e, pra variar (de noooovo), foi feita em Stop Motion haha
Fazer o que se não consigo evitar minha paixão por esse tipo de produção?
Senhoras e senhores, eu vos apresento duas figuras importantíssimas para que este filme acontecesse: nosso querido Wes Anderson (o diretor) e o senhor Raposo (de O Fantástico Senhor Raposo). Essa parceria entre os dois rendeu 87 minutos de muita aventura e diversão aliados ao encanto que você certamente sentirá ao ver o realismo não apenas na expressão dos personagens, mas também em suas ações e ambientação.
Mas antes da gente se perder nos detalhes de Wes e seus filmes, bora começar do Making Of, pra você entender como foi a criação dessa obra prima. E pra quem ainda não sabe o que é Stop Motion, dá uma conferida neste primeiro post do Fita de Cinema onde eu explico brevemente.
Ah, e a propósito eu não encontrei nenhum vídeo que fosse legendado ou dublado, então pra você que não entendeu bulhufas, vou listas os pontos principais que comentaram nos vídeos acima (e vou aproveitar pra adicionar mais algumas curiosidades, porque Wes Anderson sempre nos surpreende com a perfeição com a qual trabalha seus projetos):
Então se você está pensando em ver algum filme e está com preguiça de pesquisar e ver quais são bacanas para você curtir com muita pipoca, vou te dar uma dica de um dos meus filmes favoritos... E adivinha só? Pra variar é uma animação e, pra variar (de noooovo), foi feita em Stop Motion haha
Fazer o que se não consigo evitar minha paixão por esse tipo de produção?
Senhoras e senhores, eu vos apresento duas figuras importantíssimas para que este filme acontecesse: nosso querido Wes Anderson (o diretor) e o senhor Raposo (de O Fantástico Senhor Raposo). Essa parceria entre os dois rendeu 87 minutos de muita aventura e diversão aliados ao encanto que você certamente sentirá ao ver o realismo não apenas na expressão dos personagens, mas também em suas ações e ambientação.
Mas antes da gente se perder nos detalhes de Wes e seus filmes, bora começar do Making Of, pra você entender como foi a criação dessa obra prima. E pra quem ainda não sabe o que é Stop Motion, dá uma conferida neste primeiro post do Fita de Cinema onde eu explico brevemente.
Ah, e a propósito eu não encontrei nenhum vídeo que fosse legendado ou dublado, então pra você que não entendeu bulhufas, vou listas os pontos principais que comentaram nos vídeos acima (e vou aproveitar pra adicionar mais algumas curiosidades, porque Wes Anderson sempre nos surpreende com a perfeição com a qual trabalha seus projetos):
- Bom, que este filme é um Stop Motion a gente já sabe e percebeu. Mas o que você ainda não deve ter percebido é que para fazer as diversas cenas foram utilizados mais de um boneco de cada personagem, em diferentes tamanhos. Segundo uma rápida pesquisa que fiz, cada personagem tinha cerca de 6 versões de tamanhos diferentes!!
- E já deu pra perceber que para a produção ficar perfeita, Wes não economizou em testes e diferentes versões de Senhor Raposo. Aliás, sabia que foram feitos cerca de 102 bonecos de Senhor Raposo? Já virou uma coleção!!
- Falando em testes e detalhamentos da produção dos bonecos, não sei se você reparou, mas um dos vídeos do Making Of comenta que o pelo usado neles é real!! Sim, é cabelo de fato, para trazer um realismo maior e mais vida aos personagens.
- Eu fiquei chocada com essa ideia genial e, bom, nunca é demais enfatizar: a dublagem dos personagens foi feita com gravações de atores em cenários semelhantes aos da cena do filme. Por exemplo, se o Senhor Raposo estava numa cena na fazenda rolando na grama, George Clooney o dublou num ambiente aberto, de fato rolando na grama e falando seu texto. Ou seja, nada de estúdio fechado e com isolamento acústico! Tudo pensado para trazer ainda mais vida aos personagens.
- Esta foi a primeira animação que Wes Anderson dirigiu, e ele o fez em sua maior parte à distância, de sua casa em Paris.
- Aliás, a animação também foi o produto que estreiou a 20th Century Fox no processo de Stop Motion.
- E este Stop Motion foi tão cuidadosamente feito, que chegou a ter nada mais nada menos do que 56.000 frames!!
- O look do Senhor Raposo foi inspirado no guarda-roupa do próprio Wes (dá uma conferida na imagem abaixo pra comprovar este item).
- E pra fechar, você sabia que na verdade o filme é uma adaptação literária "Fantastic Mr. Fox" de Road Dahl (o mesmo autor de ""A Fantástica Fábrica de Chocolate")?
Se esta breve apresentação de cenas e imagens e fatos da produção já te deixou apaixonada(o) pelo Fantástico Senhor Raposo, isso é porque você ainda não sabe nem da metade dos segredos do senhor Wes para nos hipnotizar com suas mágicas cinematográficas de aplaudir do começo ao fim. E quer saber? Eu vou te contar tudo o que torna único em sua forma de dar vida às histórias e mundos fantásticos de Wes Anderson.
A primeira coisa que vai te derreter é a simetria com a qual ele posiciona os personagens em seus planos. É mais do que apenas uma simetria: é uma simetria centralizada. E fizeram um vídeo focado em comprovar esse ponto que, honestamente, é uma delícia de assistir:
Mas se você quer um conteúdo ainda mais completo pra entender a lógica que ele usa, bora então assistir a este vídeo que desmembra a maior parte de suas produções cinematográficas (aliás, já vira até uma referência para suas próximas sessões pipoca... e ideias pra eu colocar aqui no Fita de Cinema haha). Bom, o vídeo está em inglês, então eu vou pontuar o mais breve possível cada um dos pontos mencionados pra você que não manja de inglês 😉
Muito bem, vamos lá:
Muito bem, vamos lá:
- A composição do cenário de seus filmes nos dá a sensação de estarmos dentro de uma casa de bonecas: pela riqueza de detalhes e pela questão lúdica na escolha dos objetos apresentados;
- As crianças agem como adultos bem-educados e maduros e certos de suas decisões e ideologias, enquanto que os adultos agem como crianças que estão perdidas tentando descobrir ou mesmo redescobrir o mundo, além de serem sensíveis e considerarem que as crianças possuem um julgamento igual ou mesmo superior ao deles mesmos;
- Os personagens são descolados, do tipo que não se encaixa em nenhum tipo de padrão da sociedade, já que possuem diversos problemas que os fazem desmoronar. Nestes problemas citados, temos como exemplo: ansiedade causada pela posição social (expectativas e pressões sociais) e a formação falha da família;
- Aliás, essa questão das famílias "quebradas" e fora do padrão são sempre a causa do problema do personagem no âmbito pessoal ou mesmo da situação de conflito apresentada como força motriz do filme. O bacana é que em determinados pontos os personagens vão encontrando a força na própria família (ou seja, no próprio problema) para conseguirem uma solução;
- Mas é claro que antes de encontrarem a solução, rola um tipo de escapismo: somos convidados à fugir da situação atual em que nos encontramos junto aos personagens do filme para trilhar um caminho de auto-reflexão e conhecimento por meio de novas experiências, para retornarmos abertos à solução que já tínhamos, mas talvez não aceitássemos antes;
- As falas tem profundidade em detalhes ou pontos que parecem não são tão relevantes num primeiro momento, já que na verdade toda a complexidade da personalidade dos personagens ou mesmo da situação em que se encontram é transferida para os detalhes. Isso faz com que as falas bobas sejam interpretadas como algo profundamente sério;
- A paleta de cores trazida para tons pastéis, com um toque de Art Nouveau (como na imagem abaixo, não relacionada ao filme em si, mas numa produção artística deste gênero), trazendo aquele ambiente nostálgico e fantástico;
- A trilha sonora foca em produções dos anos '60 e '70, criando um clima de nostalgia ainda mais profundo;
- Existe um recurso muito utilizado por ele para dar aquela sensação onírica em suas produções: os personagens fazem produções enquanto estão sendo gravados. A produção dentro de uma produção é assimilada por nós como a experiência de ter um sonho dentro de um sonho;
- Só enfatizando aquilo que eu meio que já comentei anteriormente: todos os detalhes são extremamente importantes não apenas para Wes, mas também para seus personagens. Por conta de sua visão de mundo diferente do padrão social comum, seus personagens dão grande importância aos pequenos detalhes que acabam por culminar/resumir quem são e o que estão vivendo naquele exato momento;
- Wes faz questão de ter controle de suas produções, mas não como um dominador absoluto: com parcerias. Isso o leva a ser co-autor dos roteiros, dá relevantes opiniões e diretrizes na produção, direção e design dos filmes.
Uffa, quanta coisa pra levar em consideração ao assistir esta dica de filme, né? Bom, mas bora chacoalhar todas essas questões metódicas e complexas e burocráticas de um filme e conferir as músicas mais do que gostosas da trilha sonora? Fiz uma seleção daquelas que eu mais curti:
Me empolguei um pouco na quantidade de tracks, mas não tenho culpa se são todas elas tão essenciais pra sentir a vibe do filme haha.
Bom, já que já descobrimos tanta coisa bacana sobre o filme, bora ler a sinopse? Como sempre, retirei esse resuminho do site Adoro Cinema 😊
"O Sr. Raposo (George Clooney), a Sra. Raposa (Meryl Streep) e seu filho vão morar em uma árvore, localizada em uma colina. Lá eles têm como vizinhos o Coelho (Mario Batali), o Texugo (Bill Murray) e a Doninha (Wes Anderson), entre outros animais, todos com suas respectivas famílias. O Sr. Raposo prometeu à esposa que deixaria a vida de roubos de galinhas, já que ela estava grávida. Desde então ele iniciou uma respeitável carreira de colunista de jornal. Porém, a proximidade do novo lar com as fazendas de Boggis (Brian Cox), Bunce (Hugo Guinness) e Bean (Michael Gambon) faz com que volte à velha vida, às escondidas. Só que logo o trio de fazendeiros se une para capturá-lo."
Absolutamente divertido, né? Então bora conferir o trailer pra ter mais este gostinho e aumentar a vontade de ver/rever o filme:
E tem como não gostar de um roteiro como este e uma direção de arte como esta e de um Stop Motion como este? Deu até aquela saudade de assistir Coraline... Mas esta é uma dica que também vai ficar para a próxima Fita de Cinema. E aliás, pra variar, o post já ficou bem extenso.
Então bota o guaraná pra gelar, faz a pipoca e dá o play neste fantástico filme! 🎥
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