O Mapa dos Rolês - Vila Madalena - Relato Pessoal

   Como de costume, para você não ter que passar por um post quilométrico, dividi o Mapa dos Rolês entre o post com as infos gerais dos lugares por onde passei (clique aqui para ver) e este daqui onde vou relatar minha experiência em cada um dos points 😊
   Ah, e lembrando que este post é sobre o segundo mapa da Vila Madalena, então se você quiser conferir o primeiro mapa que fiz do bairro clique aqui (para ver os locais e suas infos) e aqui (para ler o relato pessoal).
   E bora começar o blá blá blá haha
   Bom, como da última vez, eu fiz um cronograma no meu passeio para poder dar conta de passar por todos os lugares maravilindos, então se você quiser fazer mais ou menos a mesma caminhada que eu, dá uma conferida na ordem dos fatores logo abaixo (lembrem-se de confirmar o horário de funcionamento disponibilizado no post anterior):

  1. CABtudo
  2. Lar Mar
  3. IND Bar
  4. Molotov Bar
  5. Patuá Discos
  6. Inca Headshop

   E adivinha só em qual estação eu desci para começar a jornada? Claro que na estação Fradique Coutinho!! Até porque a CABtudo fica do ladinho da estação!! Aí ainda aquele pouquinho e logo dei de cara com uma placa que já sinalizava, de longe, que ali era meu primeiro destino.


   Ahh, se quiser aumentar a imagem, basta clicar sobre a mesma!!

   Assim que a gente olha pra CABtudo bate até uma dúvida se realmente cabe alguma coisa por ali: parece apenas um salão relativamente normal e pequeno. Na entrada fui recebida pela Beatriz que foi me mostrando que aquele "micro" salão, na verdade, é bem espaços! E que naquele canto meio escondidinho fica um bar super fofo e que seguindo um corredor que fica no canto do bar já dá pra ver o amplo jardim que fica junto com a loja de moda canina. Isso sem contar que ainda tem mais um piso acima com mais espaço pro salão de beleza e suas diversas opções de cuidados estéticos!



   Da Beatriz fui falar com o Anderson, gerente operacional. Foi com ele que descobri que, muito provavelmente, eu já estava seguindo o espaço desde sua inauguração: fazem apenas 3 meses que eles abriram!! Ele também me comentou que além das opções de café (expresso ou coado) e coquetéis autorais (como o moscow mango que é feito das mangas colhidas do pé que tem lá no jardim) ainda rola umas opções bem gostosas de comidinhas que harmonizam com as bebidas (spoiler: eles têm pão de queijo!! 💖).




   E pra não dizer que não conheci a equipe completa do CABtudo, meu bate papo logo foi alcançar a Daniela, gerente administrativa, que pincelou um pouco do evento que está começando a tomar forma e força no espaço: yoga que rola aos sábados e acontece no jardim (o cantinho pode ser espaçoso, mas possui uma capacidade máxima de 30 pessoas pra todo mundo poder fazer os exercícios confortavelmente. Ou seja: confirme sua presença pelo telefone ou pelo Instagram pra garantir seu espaço!). Acho que, no final das contas, só faltou falar com o Daniel Lacerda: o famoso responsável pelos cortes de cabelo mais à lá Vila Madá da região!!




   Seguindo viagem, prepare beeem a panturrilha porque ali começa um trecho que vai ladeira acima (a subida não chega a assustar, mas é constante) até alcançar, ironicamente, o que deveria estar serra abaixo: Lar Mar. Quando li que eles se auto-intitulavam a praia de Sampa eu cheguei a achar que seria apenas força de expressão... até que entrei na loja e dei de cara com aquele ambiente decorado como se estivéssimos literalmente numa loja na beira da praia: bambu aqui e madeira ali, umas fotos em preto e branco, pranchas (muuuitas pranchas) e roupas com aquele tecido leve e confortável. É, parece que estamos na praia!!




   Thauan foi o primeiro a me atender e me sugerir conversar com o Felipe que conseguiria me passar todas as informações que precisava sobre o espaço. Desci as escadas do canto esquerdo da loja e, de repente, descobri um novo mundo gigantesco ali embaixo: um bar com mais bambu e madeiras (além das bebidas, claro! haha), mesas e cadeiras/bancos de madeira, um restaurante com mais madeira na parede, um espaço para co-working com areia um tanto mais abaixo e... Mais pranchas!!! Se não fosse pela falta do mar, diria que Lar Mar é a praia de Sampa!





   A história daquilo que vemos fisicamente, quem diria, começou no virtual: isso mesmo!! Felipe, o criador dessa grande ideia e marca, é formado em direito e advogou por um bom tempo, até descobrir-se infeliz com a pressão gigantesca que uma metrópole que funciona 24h por dia impõe aos seus empregados e cidadãos globalizados. Então ele resolveu utilizar aquilo que era uma mistura de sonho com vontade e um estilo de vida que viria a ser o seu próprio e fez o blog Lar Mar, onde contava a história de pessoas que resolveram se jogar no mundo e viver/fazer aquilo que realmente amavam (clique aqui para conferir essas histórias). Das histórias surgiu a ideia de fazer camisetas e bonés para presentear a galera que era entrevistada; dali surgiu a demanda para criar uma marca de roupa que logo já deu o gancho pra grande oportunidade de o próprio Felipe fazer e viver daquilo que mais curtia e queria.



   Você também, leitor e leitora, está sentindo uma certa coincidência com aquilo que pode estar rolando aqui e agora neste blog? Cenas dos próximos capítulos haha (e espero que sejam cenas pique Oscar de puro sucesso heuheu)

   Mas voltando pro ponto principal: surgiu a loja!! Loja física com direito a um restaurante recheado de delícias e um bar que acompanha o movimento de quem, além de trampar, também quer aproveitar pra fazer o esquenta pros rolês que acontecem ali na casa e na região. E aliás, são tantos eventos que pipocam ali na Lar Mar: você pode aprender a fazer seu próprio shape, acompanhar um workshop, cair nas festas com DJs virando os discos de vinil ou mesmo com a banda de reggae da casa, conferir as exposições de fotografias bacanas e bater um papo com quem as fotografou... Enfim, fazer um rolê praticamente completo por lá!! Vale a pena ficar de olho na programação da casa.




   E falando em programação, assim que se atravessa a praça Benedito Calixto e permanece costeando o Cemitério, eis que temos dois points imperdíveis: IND Bar e Molotov Bar.
   Vamos começar falando do IND Bar pra seguir a ordem dos fatores, né? O bar é relativamente discreto: fica bem no começo da rua, tem umas plantinhas decorativas no andar de cima e umas luzes que dá pra identificar que ali certamente acontece algum rolê! Assim que entrei já dei de cara com a Luiza Panucci, gerente da casa. A primeira coisa que já fiquei sabendo logo de cara: a casa se chamava sim Indie Bar (pra quem deve estar meio que na dúvida e confuso desde o post anterior) e, inclusive, o Maps ainda não atualizou esta info... enfim, recentemente mudaram o nome para IND Bar. Aí você me pergunta: mas qual o motivo, né? Bom, isso rolou porque a galera que ia lá acabou atribuindo que a galera Indie que curte Indie era o público principal e que isso era tudo o que rolava na casa, quando na real existe um espectro bem grande de galeras e rolês acontecendo por lá além do lado Indie da coisa.




   Mas enfim, definida esta questão de gostos e tribos, te digo que esta é uma casa realmente muito versátil! Começando o tour pelo subsolo, ali rola um espaço para uma pista com direito a espaço para DJ (ou banda, dependendo do evento... E ambos rolam geralmente às sextas e sábados) e luzes avermelhadas...



   No piso térreo nenhuma novidade: banheiros, bares, decoração descolada e destonada... Mas o que realmente deixa todo mundo apaixonado pelo espaço e que, particularmente, devo confessar que também me conquistou, é a piscina de bolinhas!! Siiim: no piso de cima temos uma decoração toda voltada pro viés alternativo e indie do rolê com direito a plantinhas decorativas iluminadas por tons verdes e roxinhos e luzes azuladas na escada que desaguam em luzes avermelhadas, uma estante com livros, um abacaxi iluminado haha... e uma piscina de bolinhas com direito a cadeiras de praia dentro da piscina e bolinhas que dão um drink de presente à quem encontrá-las.





   Assim que tirei foto da piscina e finalmente bandeirei aquele cantinho, fui quase que obrigada a ter que bater um papo básico com a popular e simpática Karla Moura, bartender do point (e da foto logo abaixo). Aliás, uma curiosidade interessante é que o bar ali é regido quase que somente por mulheres!! IND Bar conquistando o coração da galera em 3, 2, 1... E culpa de quem? Do drink Aquele da Dani que vai te surpreender do começo (preparado com muito esmero pela Karla que me comentou que ela mesma criou a bebida com base nos gostos de sua amiga Dani que, pelo jeito, tem muito bom gosto haha) ao fim (quando já estava quase pedindo outro e mais outro e mais um!!😅).





   Seguindo o baile, bora aterrizar no cantinho mais explosivo (perdoem o trocadilho hehe) da região do Cemitério: Molotov Bar. A casa fica, também, no começo da rua, próximos de umas árvores e quase que escondidinha do mundo... Quase, porque é impossível não notar a peculiar decoração da "vitrine" do bar: garrafas vazias vestidas de molotov (pra quem não manja molotov é, segundo o tio Wikipédia, "uma arma química incendiária geralmente utilizada em protestos e guerrilhas urbanas")!!
   Seria injusto se eu não mencionasse que ali fora também haviam algumas mesas e cadeiras montadas à espera dos clientes que logo brotariam.




   Não me fiz de rogada e logo que entrei já pedi pra falar com o Felipe (que foi quem me atendeu pelo Facebook) que, vejam só, era já quem me atendia presencialmente ali. E aliás, este é o momento que devo me gabar e enaltecer este humilde blog pra mostrar como o trampo aqui é sério e bem feito: a ilustre presença do Molotov Bar no Mapa dos Rolês é praticamente um furo nas matérias jornalísticas!! Sim, senhoras e senhores, a Anônima foi cobrir este incrível point da cidade quase que com exclusividade!!
   Desculpa, não consegui segurar o orgulho desse acontecimento histórico... 😅 Mas bora lá: sentei-me numa mesa que fica quase que no canto de lá do bar, próximo da vitrine, onde o Felipe me contou um pouco da história peculiar do local.



   Pra começo de conversa, o Felipe já fez de tudo um pouco na vida: formado em direito, chegou a advogar até certo ponto, quando trocou de profissão uma, duas, três... enfim, muitas vezes!! Antes do bar ele mexia com os meandros de revender cervejas artesanais.

   - Ahh... mas então foi daí que você tirou a ideia de ter o bar?
   - Não, você não está entendendo: eu nunca cogitei ter um bar!! Só aconteceu!! E em apenas 9 dias!!

   Sim, ele fez a loucura de pegar o estabelecimento que já estava mais ou menos estruturado e que ele iria ajudar a revender e resolveu comprar para abrir o Molotov... em 9 dias!! Pelo jeito já dá pra esperar que suas próximas invenções serão uma loucura explosiva!! (desculpa, mas tá difícil de segurar os trocadilhos! Juro que agora parei! haha)



   E sim, no enxuto bar cabe um cardápio de bebidas e comidinhas (inclusive com uma opção pra galera que é vegetariana não botar defeito algum) que prezam pelo preço justo e delicioso sabor (nem sempre seguindo metodologias de preparo... afinal o que seria do Molotov sem algum tipo de revolução?)! O som que rola ali é tipo ambiente: o famoso jazz com soul e rock com indie que a gente curte.



   Agora vem o momento que você, leitor e leitora, pode desconfiar das palavras desta Anônima, porque afinal sou frequentadora assídua deste cantinho especial da Vila Madá: Patuá Discos.
   Poxa, o que falar de Paulão, Peba e Ramiro? O que falar dos discos incríveis que eles vendem? E do que eles tocam? O que falar da Vai na Fé? Pois muito bem, vamos começar falando do básico: da primeira vez que estive lá (afinal a primeira vez a gente nunca esquece, né não?)!




   Eu estava toda perdida, começando nas indas e vindas dessa carreira maluca de DJ, entrando numa loja de discos sem nem saber o que procurar. 
   Aqui vai um parênteses importante: se você ainda não teve contato algum com a magia dos vinis, sugiro que vá imediatamente até a loja mais próxima (ainda mais se esta loja for a Patuá haha) que esteja equipada com um toca discos bacana e bote a agulha nas ondas sonoras: não precisa nem ligar a caixa de som para ouvir o som ecoando pela agulha! E quando você liga a caixa de som e rola aquele chiadinho? É minha gente: é um caminho sem volta e que certamente você vai gostar de fazer!



   Muito bem, lá ia eu entrando sem saber de nada e tendo minha primeira conversa com o Paulão que passou a me comentar sobre como funcionava a situação ali: rola música, se fala sobre música e se trabalha com música!! Simples assim! Discos novos e lançamentos, discos usados e raros, todos catalogados e separados com muito carinho pelo trio. Umas blusas ali no canto (inclusive estou para logo logo adquirir minha blusa da Patuá!! 💖), uns livros e na sala ao lado o cantinho onde a magia acontece às sextas com a Vai na Fé.



   Adesivos, posters, equipamentos antigos, zines... Ali a arte rola solta!! E cruzando um espaço que tem externamente à loja de discos, você alcança a Inca Headshop, onde você encontra tudo o que precisa para fumar, incluindo os acompanhamentos como o café e a breja!
   Zé Gabriel inclusive me comentou um detalhe crucial e incrível: ele é amigo da galera da Patuá há mais de 30 anos!! Não é à toa que a vibe ali é como se você estivesse em uma só grande loja!



   Kumbaya, tabaco orgânico, charutos, sedas, isqueiros, chaveiros e tudo o mais lotam as paredes da Inca com todas as opções para fazer e fumar e armazenar os produtos. Partindo para as bebidas, ali até tem as cervejas populares de sempre, mas também tem cervejas artesanais deliciosas!
   E claro, todos os eventos que rolam ali na Patuá também têm a parceria da Inca, além dos eventos que as duas lojas fazem juntas! E isso dá um ar incrível de reunião entre amigos, sempre!!



   Uffa, acabou o post gente!! Valeu por terem lido o relato completaço, obrigada a todos que "entrevistei" e vamos seguindo o baile que tem muito rolê bacana por aí pra rolar!!

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