Mapa dos Rolês - Centro - Relato Pessoal
Como de costume, para você não ter que passar por um post quilométrico, dividi o Mapa dos Rolês entre o post com as infos gerais dos lugares por onde passei (clique aqui para ver) e este daqui onde vou relatar minha experiência em cada um dos points 😊
E vale lembrar que também tem as edições do Mapa dos Rolês da Vila Madalena!! Se você ainda não viu e quer conferir, só clicar aqui (infos gerais do Mapa 1), aqui (relato pessoal do Mapa 1), aqui (infos gerais do Mapa 2) e aqui (relato pessoal do Mapa 2). Depois me comenta o que você achou dos lugares que eu visitei, se já passou por algum deles ou mesmo se tem alguma dica bacana de rolê mandando um e-mail para djgraziflores@hotmail.com ou mandando uma mensagem no Facebook da Anônima!!
Bom, como da última vez, eu fiz um cronograma no meu passeio para poder dar conta de passar por todos os canto sensacionais do Centro, então se você quiser fazer mais ou menos a mesma caminhada que eu, dá uma conferida na ordem dos fatores logo abaixo (lembrem-se de confirmar o horário de funcionamento disponibilizado no post anterior):
E vale lembrar que também tem as edições do Mapa dos Rolês da Vila Madalena!! Se você ainda não viu e quer conferir, só clicar aqui (infos gerais do Mapa 1), aqui (relato pessoal do Mapa 1), aqui (infos gerais do Mapa 2) e aqui (relato pessoal do Mapa 2). Depois me comenta o que você achou dos lugares que eu visitei, se já passou por algum deles ou mesmo se tem alguma dica bacana de rolê mandando um e-mail para djgraziflores@hotmail.com ou mandando uma mensagem no Facebook da Anônima!!
Bom, como da última vez, eu fiz um cronograma no meu passeio para poder dar conta de passar por todos os canto sensacionais do Centro, então se você quiser fazer mais ou menos a mesma caminhada que eu, dá uma conferida na ordem dos fatores logo abaixo (lembrem-se de confirmar o horário de funcionamento disponibilizado no post anterior):
- Casa Elefante
- Galeria Tribo
- Buraco
- Tapera Taperá
- Caixote Bar
- Boteco Pratododia
Comecei minha jornada descendo na estação República e seguindo para a Rua Marquês de Itu. Se tem uma coisa que acho muito característico do centro são as padarias/lanchonetes: nelas sempre tem uma porção de clientes tomando ao menos um café e batendo um papo que logo vai abrangendo todo mundo que encosta ali... A opinião acaba sendo distribuída e comentada de forma relativamente democrática.
Ah se quiser aumentar as fotos, basta clicar nas mesmas!!
E logo depois do Minhocão, naquela pequena subida tem uma esquina com uma dessas padocas de Sampa, uns prédios antigos e os moradores locais andando com umas sacolas na mão. Pois num desses prédios fica a nossa primeira parada que tem um combo de 3 lugares sensacionais pra conhecer e curtir um rolê. O primeiro deles, que já é detectado pelo radar rolê por conta da plaquinha com anúncios básicos sobres discos e livros é a Casa Elefante. Logo após a plaquinha tem uma escada meio escondidinha, uma seta aqui, talvez umas fotos expostas e, então, o local em si.
Ali, inevitavelmente, você vai acabar dando um bom dia pro Carlos Costa ou Márico Sartorello ou Júlio Cesar Magalhães ou os três juntos e ao mesmo tempo!! Neste caso, acabei trombando com o Carlos no susto e já questionando sobre os rolês que ali rolam. E aliás, tem que estar com tempo para entender cada uma das mil facetas da Casa Elefante, porque apesar de pequena é igual coração de mãe: cabem mil produtos e serviços. O primeiro deles, um tanto óbvio, é venda de vinis e cds: com caixotes e estantes lotadas tem música e mídias para todos os gostos (e bolsos)!!
Olhando um pouco para o lado, já se vê um ponto de venda de cadernos feitos artesanalmente e logo ao lado, já se vê uma coleção generosa de livros. E adivinhem só sobre qual tema seriam os tais livros? Arte, é claro (afinal, arte é tudo o que se respira e comercializa ali)!! Mas calma, também tem meia dúzia de opções de livros de autores independentes que, numa mesa abaixo dos cadernos, são vendidos quase que de forma exclusiva. Não chegamos nem na metade e já te deu sede? Relaxa que lá tem umas opções de cerveja e um café fresquinho feito numa cafeteira italiana com todo o capricho da equipe!!
No fundo da Casa Elefante também tem uma coleção bem vasta de... Roupas!! Sim: ali também tem um brechó com opções, em sua maioria, de peças femininas muito bacanas. E claro, pra completar o look ainda rola a venda de umas bijus cheias de personalidade!! E ainda tem um espaço onde rola uma espécie de co-working orgânico e Wi-fi grátis!! Tá, último detalhe do espaço: lembra que eu falei das fotos expostas na escada? Então, o espaço também abriga exposições mensais de trabalhos sensacionais de vários artistas e coletivos!!
Vixi que depois de percorrer a casa inteira deu até fome, né? Então relaxa porque eles também têm opções de empanadas chilenas vegetarianas!! Mas esse trio tá é bem preparado mesmo pra receber a galera! Não posso deixar de mencionar que a casa também recebe vários eventos como lançamentos de livros, palestras e workshops. Isso sem contar no bazar mensal que acontece aos sábados e no sarau, também mensal, que acontece na última terça do mês!
Mas bora seguir o baile que este foi só o começo do rolê: ao sair da Casa Elefante, virando à esquerda, você anda a distância exata de uma garagem comum de carro e já logo descobre mais uma pequena escada semi escondida (e desta vez sem plaquinha pra sinalizar o rolê). Subindo a escada, na metade da mesma, logo se vê que ali acontece rola ainda mais arte: quadros expostos nas paredes dão a dica do que você encontrará logo após a porta aberta no fim da escada. E eis que pisamos no solo da Galeria Tribo!
A primeira pessoa com quem falei foi a Janete Silvério, que me fez um resumo sobre o tema da exposição que estava acontecendo ali na galeria: com base nos sonhos (um pequeno acesso que temos ao inconsciente) dos próprios artistas eles tentam captar a essência daquilo com o que entraram em contato em seus sonhos e expressaram isto nas telas, que ali se encontram expostas, das mais diversas formas. São cerca de dez artistas que ali tem seu trabalho exposto, sob a curadoria do Rogerio Della Valle Martins.
Mal tinha terminado de dar uma olhada geral e logo já fui bater um papo com a Angela Fernandes que me contou um pouco da história da novíssima galeria: a Galeria Tribo foi idealizada por ela junto às amigas Janete Silvério, Ana Curioso e Luciana Monteiro que, ao finalizarem o curso de arte que fizeram juntas, sentiram falta de um espaço democrático para a exposição e divulgação e venda de seus trabalhos. E na galeria não rola nenhum tipo de barreira artística: todas as técnicas e escolas são bem-vindos ali!!
E foi assim que, desde abril deste ano, a Galeria Tribo vem intrigando e atraindo os amantes de arte como um todo!! Isso sem contar que, além das exposições de rotatividade bimestral, também são ministrados cursos, workshops, palestras e saraus, estes que encerram as exposições ao som de músicas com voz e violão (aliás, a acústica incrível que tem ali até dispensa microfone e caixas de som!!) e poesias.
Depois de curtir os quadros da galeria, descendo apenas um lance de escadas e virando à direita, já se pode encontrar o nosso terceiro rolê: o bar Buraco! Com luzes neon, uma estrutura tipo de arame curvada dando um ar quase que cavernoso (mais pelo efeito da ideia estrutural em si do que pelo lado "obscuro" da expressão) pro espaço haha
Conheço, enfim, o trio Dida, Pedro e Lucas que comandam o bar cuja decoração simples, mas muito bem disposta (em especial quando toda a atenção é voltada pra um bar com garrafas super bem iluminadas e potes delicadamente escolhidos) remonta a inspiração do local: a simplicidade toda na forma como o bar funciona vem diretamente do Japão onde existem pequenos bares (tais quais o Buraco) escondidamente confortáveis para que a galera possa descontrair e curtir após um dia stressante de trampo.
A grande atração do local são os drinks autorais, inclusive, feitos com infusões de chás!! E uma curiosidade quanto às comidinhas é que tem onigiri (além de porções de nuts, por exemplo)! O espaço, apesar de pequeno (com lotação máxima de 50 pessoas), é bem confortável: pode-se acomodar num sofá, nas opções de pequenas mesas ou mesmo no balcão junto ao bar. Além dos preços justos, a água filtrada é por conta do Buraco.
Saindo do bar, vamos fazer o caminho inverso: volto à praça da República, sigo em direção à praça Dom José, subindo dois lances de escada da Galeria Metrópole e virando à esquerda chegamos ao nosso quarto destino: um local que fala sobre cultura, distribui cultura e apresenta cultura... o espaço cultural Tapera Taperá! Assim que avisto, num primeiro momento, parece ser apenas uma livraria, mas ao conversar com Carlos Eduardo e conhecer brevemente Antônio e Wallace (que estavam ocupadíssimos no fim do expediente) fico sabendo que ali também rola um sistema de empréstimo de livros (vulgo biblioteca) que conta com cerca de 3000 títulos!
Aliás, esse sistema de biblioteca que eles têm ali é simplesmente sensacional e justíssimo: é possível pegar até 3 títulos por 30 dias.... Renováveis não apenas por mais um período de 30 dias, mas sim mais 2 períodos de 30 dias!! E basta apresentar um documento com foto e um comprovante de residência pra se inscrever e ter acesso! Não falei que é justíssimo? Mas vamos voltar rapidinho para a face livraria da Tapera Taperá: ali você vai encontrar livros de editoras como Lote 42, Veneta, Aeroplano... e publicações independentes também!!
Como o espaço todo respira e inspira filosofia, política, economia, história e arte, todos os livros e eventos giram em torno disso também. E por falar em evento, o local não poupa tempo nem espaço nem esforços: fazem um evento atrás do outro!! São debates, lançamentos de livros, cursos, workshops e até sessões de cinema! Achou pouco? Então aproveita e adiciona a isso saraus e encontros de coletivos! Uffa, coisa pra caramba, né?
E por mais que eu tente explicar a Tapera Taperá de uma forma mais completa tal qual a experiência que eu tive ali (visitando uma outra sala onde eles também ministram cursos e outros eventos, conversando com o Carlos e entendendo cada uma das possibilidades que abrangem o espaço), acho que ler a forma como eles mesmos se definem no site (clique aqui para acessar) é o que tem de mais completo depois da visita em si. Segue um breve trecho sobre o significado do nome do local:
Dali você pode seguir à pé, de ônibus ou mesmo de metrô para o Caixote Bar, localizado no Baixo Augusta e sinalizado por seu nome estar escrito em neon logo ali na porta. Na verdade não apenas o luminoso neon evidencia o bar, mas também a presença de diversos caixotes no local.
Assim que entro converso um pouco com a Natália, bartender do Caixote, que logo já recebe vários pedidos de drinks e passa a bola pro Hugo. Aliás, vejam só que delícia, o Hugo foi um dos idealizadores do espaço! Hugo é formado em arquitetura, português vindo direto de Lisboa e que tem esse conceito super bacana de reaproveitamento e ressignificação dos materiais que existem no nosso dia a dia para formação de um espaço onde se possa ter uma experiência única e até metalinguística.
A decoração é um caso à parte: caixotes servindo de estante e decoração do balcão do bar, televisões antigas, instrumentos de sopro, máquina de escrever, relógios, telefones antigos, câmera fotográfica antiga, obras de arte diversas, escadas invertidas servindo de apoio para a iluminação... E o cardápio mesmo sendo "simples" é completíssimo e surpreende: dos drinks eu destaco o mais popular e, também, autoral caipirinha de abóbora (e pasmem: é uma delícia!!) e das comidinhas rola umas empanadas super gostosas com opções, inclusive, vegetarianas!
E pra finalizar esta jornada, saindo do Caixote Bar, pegando o metrô, descendo na Marechal Deodoro e passando em frente à padaria Iracema (que além de ser 24h também é um ótimo pit stop pra repor as energias com pedaços de pizza deliciosos, uma das melhores coxinhas da cidade e um preço justo) vamos rumo à nossa última parada terminando em festa: Boteco Pratododia (PDD)!!
Num cantinho, pra variar, quase escondido no centro de Sampa, rola um som groovado que logo na porta do Boteco Pratododia (PDD) já é possível notar e eis que, passada a entrada e uma porta pra abafar o som da pista, é possível se encontrar com a magia de ouvir os DJs tocando em vinis pérolas da nossa rica e vasta cultura musical brasileira (indo pela MPB, reggae, rap, funk/soul e etc, vulgo brasilidades).
Mas o problema é que o Boteco Pratododia (PDD) não se limita apenas à uma pista super bem decorada com discos, lambe lambes, equipamentos e luzes, também não se limita ao preço justo de brejas e da entrada: o Boteco também tem cursos de discotecagem!! E se você acha que isso é pouco, espera até eu te contar quem leciona os cursos: a DJ Vivian Marques! São turmas pequenas, vários encontros e muuuuito conteúdo bacana pra repassar a experiência de se tocar com vinil.
E é claro que um Boteco como este, onde passam figuras importantíssimas para a cena brasileira, (tanto na cabine quanto na pista) não se limita a apenas fazer várias festas semanais no espaço: ainda rola festa na rua do Boteco e também um conteúdo incrível sobre música no blog deles (clique aqui para acessar). Aliás, eu tô aqui contando tudo isso e acabei nem falando que conversei com o super gentil Thiago (DJ Moocado) que me passou todos os detalhes do local!
É isso gente!! Valeu por terem acompanhado esta jornada até o fim e preparem os sapatos e mochilas de rolê: semana que vem tem mais 😉
E aproveitem para acompanhar os Rolês em Sampa (vulgo agenda cultural) que eu publico semanalmente com os rolês mais bacanas da cidade (clique aqui para conferir)!!
Ah se quiser aumentar as fotos, basta clicar nas mesmas!!
E logo depois do Minhocão, naquela pequena subida tem uma esquina com uma dessas padocas de Sampa, uns prédios antigos e os moradores locais andando com umas sacolas na mão. Pois num desses prédios fica a nossa primeira parada que tem um combo de 3 lugares sensacionais pra conhecer e curtir um rolê. O primeiro deles, que já é detectado pelo radar rolê por conta da plaquinha com anúncios básicos sobres discos e livros é a Casa Elefante. Logo após a plaquinha tem uma escada meio escondidinha, uma seta aqui, talvez umas fotos expostas e, então, o local em si.
Ali, inevitavelmente, você vai acabar dando um bom dia pro Carlos Costa ou Márico Sartorello ou Júlio Cesar Magalhães ou os três juntos e ao mesmo tempo!! Neste caso, acabei trombando com o Carlos no susto e já questionando sobre os rolês que ali rolam. E aliás, tem que estar com tempo para entender cada uma das mil facetas da Casa Elefante, porque apesar de pequena é igual coração de mãe: cabem mil produtos e serviços. O primeiro deles, um tanto óbvio, é venda de vinis e cds: com caixotes e estantes lotadas tem música e mídias para todos os gostos (e bolsos)!!
Olhando um pouco para o lado, já se vê um ponto de venda de cadernos feitos artesanalmente e logo ao lado, já se vê uma coleção generosa de livros. E adivinhem só sobre qual tema seriam os tais livros? Arte, é claro (afinal, arte é tudo o que se respira e comercializa ali)!! Mas calma, também tem meia dúzia de opções de livros de autores independentes que, numa mesa abaixo dos cadernos, são vendidos quase que de forma exclusiva. Não chegamos nem na metade e já te deu sede? Relaxa que lá tem umas opções de cerveja e um café fresquinho feito numa cafeteira italiana com todo o capricho da equipe!!
No fundo da Casa Elefante também tem uma coleção bem vasta de... Roupas!! Sim: ali também tem um brechó com opções, em sua maioria, de peças femininas muito bacanas. E claro, pra completar o look ainda rola a venda de umas bijus cheias de personalidade!! E ainda tem um espaço onde rola uma espécie de co-working orgânico e Wi-fi grátis!! Tá, último detalhe do espaço: lembra que eu falei das fotos expostas na escada? Então, o espaço também abriga exposições mensais de trabalhos sensacionais de vários artistas e coletivos!!
Vixi que depois de percorrer a casa inteira deu até fome, né? Então relaxa porque eles também têm opções de empanadas chilenas vegetarianas!! Mas esse trio tá é bem preparado mesmo pra receber a galera! Não posso deixar de mencionar que a casa também recebe vários eventos como lançamentos de livros, palestras e workshops. Isso sem contar no bazar mensal que acontece aos sábados e no sarau, também mensal, que acontece na última terça do mês!
Mas bora seguir o baile que este foi só o começo do rolê: ao sair da Casa Elefante, virando à esquerda, você anda a distância exata de uma garagem comum de carro e já logo descobre mais uma pequena escada semi escondida (e desta vez sem plaquinha pra sinalizar o rolê). Subindo a escada, na metade da mesma, logo se vê que ali acontece rola ainda mais arte: quadros expostos nas paredes dão a dica do que você encontrará logo após a porta aberta no fim da escada. E eis que pisamos no solo da Galeria Tribo!
A primeira pessoa com quem falei foi a Janete Silvério, que me fez um resumo sobre o tema da exposição que estava acontecendo ali na galeria: com base nos sonhos (um pequeno acesso que temos ao inconsciente) dos próprios artistas eles tentam captar a essência daquilo com o que entraram em contato em seus sonhos e expressaram isto nas telas, que ali se encontram expostas, das mais diversas formas. São cerca de dez artistas que ali tem seu trabalho exposto, sob a curadoria do Rogerio Della Valle Martins.
Mal tinha terminado de dar uma olhada geral e logo já fui bater um papo com a Angela Fernandes que me contou um pouco da história da novíssima galeria: a Galeria Tribo foi idealizada por ela junto às amigas Janete Silvério, Ana Curioso e Luciana Monteiro que, ao finalizarem o curso de arte que fizeram juntas, sentiram falta de um espaço democrático para a exposição e divulgação e venda de seus trabalhos. E na galeria não rola nenhum tipo de barreira artística: todas as técnicas e escolas são bem-vindos ali!!
E foi assim que, desde abril deste ano, a Galeria Tribo vem intrigando e atraindo os amantes de arte como um todo!! Isso sem contar que, além das exposições de rotatividade bimestral, também são ministrados cursos, workshops, palestras e saraus, estes que encerram as exposições ao som de músicas com voz e violão (aliás, a acústica incrível que tem ali até dispensa microfone e caixas de som!!) e poesias.
Depois de curtir os quadros da galeria, descendo apenas um lance de escadas e virando à direita, já se pode encontrar o nosso terceiro rolê: o bar Buraco! Com luzes neon, uma estrutura tipo de arame curvada dando um ar quase que cavernoso (mais pelo efeito da ideia estrutural em si do que pelo lado "obscuro" da expressão) pro espaço haha
Conheço, enfim, o trio Dida, Pedro e Lucas que comandam o bar cuja decoração simples, mas muito bem disposta (em especial quando toda a atenção é voltada pra um bar com garrafas super bem iluminadas e potes delicadamente escolhidos) remonta a inspiração do local: a simplicidade toda na forma como o bar funciona vem diretamente do Japão onde existem pequenos bares (tais quais o Buraco) escondidamente confortáveis para que a galera possa descontrair e curtir após um dia stressante de trampo.
A grande atração do local são os drinks autorais, inclusive, feitos com infusões de chás!! E uma curiosidade quanto às comidinhas é que tem onigiri (além de porções de nuts, por exemplo)! O espaço, apesar de pequeno (com lotação máxima de 50 pessoas), é bem confortável: pode-se acomodar num sofá, nas opções de pequenas mesas ou mesmo no balcão junto ao bar. Além dos preços justos, a água filtrada é por conta do Buraco.
Saindo do bar, vamos fazer o caminho inverso: volto à praça da República, sigo em direção à praça Dom José, subindo dois lances de escada da Galeria Metrópole e virando à esquerda chegamos ao nosso quarto destino: um local que fala sobre cultura, distribui cultura e apresenta cultura... o espaço cultural Tapera Taperá! Assim que avisto, num primeiro momento, parece ser apenas uma livraria, mas ao conversar com Carlos Eduardo e conhecer brevemente Antônio e Wallace (que estavam ocupadíssimos no fim do expediente) fico sabendo que ali também rola um sistema de empréstimo de livros (vulgo biblioteca) que conta com cerca de 3000 títulos!
Aliás, esse sistema de biblioteca que eles têm ali é simplesmente sensacional e justíssimo: é possível pegar até 3 títulos por 30 dias.... Renováveis não apenas por mais um período de 30 dias, mas sim mais 2 períodos de 30 dias!! E basta apresentar um documento com foto e um comprovante de residência pra se inscrever e ter acesso! Não falei que é justíssimo? Mas vamos voltar rapidinho para a face livraria da Tapera Taperá: ali você vai encontrar livros de editoras como Lote 42, Veneta, Aeroplano... e publicações independentes também!!
Como o espaço todo respira e inspira filosofia, política, economia, história e arte, todos os livros e eventos giram em torno disso também. E por falar em evento, o local não poupa tempo nem espaço nem esforços: fazem um evento atrás do outro!! São debates, lançamentos de livros, cursos, workshops e até sessões de cinema! Achou pouco? Então aproveita e adiciona a isso saraus e encontros de coletivos! Uffa, coisa pra caramba, né?
E por mais que eu tente explicar a Tapera Taperá de uma forma mais completa tal qual a experiência que eu tive ali (visitando uma outra sala onde eles também ministram cursos e outros eventos, conversando com o Carlos e entendendo cada uma das possibilidades que abrangem o espaço), acho que ler a forma como eles mesmos se definem no site (clique aqui para acessar) é o que tem de mais completo depois da visita em si. Segue um breve trecho sobre o significado do nome do local:
“Tapera: [do Tupi] - Aldeia abandonada; habitação em ruínas.
“Taperá: [Zool.]- Taperá é o nome popular de uma ave, o mesmo que andorinha-do-campo. (Taperás fazem ninhos em Taperas.)
Dali você pode seguir à pé, de ônibus ou mesmo de metrô para o Caixote Bar, localizado no Baixo Augusta e sinalizado por seu nome estar escrito em neon logo ali na porta. Na verdade não apenas o luminoso neon evidencia o bar, mas também a presença de diversos caixotes no local.
Assim que entro converso um pouco com a Natália, bartender do Caixote, que logo já recebe vários pedidos de drinks e passa a bola pro Hugo. Aliás, vejam só que delícia, o Hugo foi um dos idealizadores do espaço! Hugo é formado em arquitetura, português vindo direto de Lisboa e que tem esse conceito super bacana de reaproveitamento e ressignificação dos materiais que existem no nosso dia a dia para formação de um espaço onde se possa ter uma experiência única e até metalinguística.
A decoração é um caso à parte: caixotes servindo de estante e decoração do balcão do bar, televisões antigas, instrumentos de sopro, máquina de escrever, relógios, telefones antigos, câmera fotográfica antiga, obras de arte diversas, escadas invertidas servindo de apoio para a iluminação... E o cardápio mesmo sendo "simples" é completíssimo e surpreende: dos drinks eu destaco o mais popular e, também, autoral caipirinha de abóbora (e pasmem: é uma delícia!!) e das comidinhas rola umas empanadas super gostosas com opções, inclusive, vegetarianas!
E pra finalizar esta jornada, saindo do Caixote Bar, pegando o metrô, descendo na Marechal Deodoro e passando em frente à padaria Iracema (que além de ser 24h também é um ótimo pit stop pra repor as energias com pedaços de pizza deliciosos, uma das melhores coxinhas da cidade e um preço justo) vamos rumo à nossa última parada terminando em festa: Boteco Pratododia (PDD)!!
Num cantinho, pra variar, quase escondido no centro de Sampa, rola um som groovado que logo na porta do Boteco Pratododia (PDD) já é possível notar e eis que, passada a entrada e uma porta pra abafar o som da pista, é possível se encontrar com a magia de ouvir os DJs tocando em vinis pérolas da nossa rica e vasta cultura musical brasileira (indo pela MPB, reggae, rap, funk/soul e etc, vulgo brasilidades).
Mas o problema é que o Boteco Pratododia (PDD) não se limita apenas à uma pista super bem decorada com discos, lambe lambes, equipamentos e luzes, também não se limita ao preço justo de brejas e da entrada: o Boteco também tem cursos de discotecagem!! E se você acha que isso é pouco, espera até eu te contar quem leciona os cursos: a DJ Vivian Marques! São turmas pequenas, vários encontros e muuuuito conteúdo bacana pra repassar a experiência de se tocar com vinil.
E é claro que um Boteco como este, onde passam figuras importantíssimas para a cena brasileira, (tanto na cabine quanto na pista) não se limita a apenas fazer várias festas semanais no espaço: ainda rola festa na rua do Boteco e também um conteúdo incrível sobre música no blog deles (clique aqui para acessar). Aliás, eu tô aqui contando tudo isso e acabei nem falando que conversei com o super gentil Thiago (DJ Moocado) que me passou todos os detalhes do local!
É isso gente!! Valeu por terem acompanhado esta jornada até o fim e preparem os sapatos e mochilas de rolê: semana que vem tem mais 😉
E aproveitem para acompanhar os Rolês em Sampa (vulgo agenda cultural) que eu publico semanalmente com os rolês mais bacanas da cidade (clique aqui para conferir)!!
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